quinta-feira, abril 06, 2006

Dádiva e Punição de ser um só

Sim. Tô cheio de coisas pra fazer. Às vezes com, sem ânimo, mas sigo. Na intuição primitiva das coisas, levo pelo menos até meio caminho o andamento dos afazeres. Sinto falta da totalidade e é como se ela desgarrase tanto de mim que não pareço ter compreendido o significado da unicidade das coisas. Pelo visto, ainda tenho que vincular paciência ao cansaço, por isso, descanso. Durmo. Apago. Porque ainda me sobram algumas horas e a noite, e o dia são longos. Tenho uma pilha de material pra ler, quem de longe, acha infinita a labuta do tal, mas se engana. Não tô pra achismos nem modismos. Mas dá vontade de abraçar tudo ao mesmo tempo, mesmo sendo um, porque sou vários! Sou daquilo tudo que me dá vontade, o amor de tudo ao mesmo tempo e, como um pai, me recuso a abandonar tal vínculo que criei com as infintas possibilidades da vida; por isso erro, e quedo insatisfeito por ter recebido do acaso a maior dádiva e da vida o maior castigo.

1 Comments:

Blogger bonecadepano said...

as dádivas e os castigos se confundem. entre vida e acaso.
obg pela visita.

5:18 PM  

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